O movimento pela Diversidade
Sexual vem lutando há muitos anos por direitos que hoje existem, são
assegurados a pessoas heterossexuais, mas não abrangem Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais. Estes direitos referem-se não só à
segurança dessas pessoas dentro de uma sociedade que mata umx LGBT a cada 26h,
mas também à liberdade de optar por um casamento, de adotar uma criança ou
recorrer a meios médicos de fertilização, de acesso integral e eficaz à saúde
para travestis e transexuais. Direitos que assegurem o mínimo de dignidade
cabível a seres humanos, e que não ferem a individualidade de ninguém.
Durante esta dura caminhada, mais
precisamente nos últimos 5 anos, o fundamentalismo heterossexista se levantou
contra a luta pela diversidade sexual, elevando o discurso de “defesa da
família”, defesa de um único modelo familiar, composto por pai, mãe, filho e
filha. Desde então, campanhas se levantaram com frases como: “Casamento é entre
homem e mulher”; “Pela continuidade da reprodução da espécie humana”; entre
outros absurdos que ferem não só sexodiversos, mas também homens e mulher
heterossexuais inférteis.
Para sustentar este discurso de
“defesa da família”, acabam conceituando “família” de forma extremamente
limitada, não abrangendo as mais diversas configurações familiares hoje
existentes como mães solteiras e filhxs, pais solteiros e filhxs, casais de
homens, casais de mulheres com ou sem filhxs adotivxs, avós que criam netxs e
outras tantas existentes.
Não aceitamos este discurso de
“defesa”, que ao primeiro olhar pode encantar a muitas pessoas, mas que é, na
verdade, extremamente desumano e excludente. Por isso esta segunda edição da
Semana da Diversidade de Passo Fundo leva o tema “Em Defesa daS FamíliaS”,
reafirmando o compromisso do Plural – Coletivo LGBT em pluralizar as nossas
discussões. Queremos mostrar, através das atividades e debates, que somos
membros de famílias, e que nossa sociedade é composta por diversas e diferentes
instituições familiares que merecem iguais direitos, tratamento e respeito.
Quem defende um modelo de família
tradicional que não cabe mais na nossa sociedade, exclui, segrega e destrói
relações. Quem defende as mais variadas formas de ser família, pluraliza,
agrega, respeita, constrói dignidade e defende de verdade.
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